data-filename="retriever" style="width: 100%;">Rayssa Leal - com seu jeitinho de menina travessa e sorriso de simpatia invulgar - conquistou não só o país. Com seu corpo leve e mais parecendo um anjinho caído do céu, conquistou o planeta. A mídia. Os juízes. Os corações.
Aos 13 anos de idade, Rayssa é a mais nova medalhista olímpica de todos os tempos. Seguramente, seu rosto está hoje em todos os jornais, revistas e TVs do mundo. É a rainha das Olimpíadas de Tóquio a nossa fadinha nascida em Imperatriz.
Fiquei a noite toda acordado para vê-la. Senti - desde sempre - que ali naquela menina estava um dos tantos fenômenos brasileiros que, milagrosamente, costumam eclodir de tempos em tempos. A despeito de todas as dificuldades e falta de apoio. E da ajuda gigante dos pais e familiares. De professores abnegados. De clubes interessados.
Por curiosidade, fui consultar meus livros de latim, grego, etimologia. Fui conferir o Google. Tudo para saber o significado real do nome Rayssa. E o resultado da minha consulta não poderia ser outro.
São vários os significados: líder, mais relaxada, calma, romântica, tranquila, chefe, rosa (entre outros). Mas o consenso entre os etimologistas é que o significado mais comum seja "tranquila".
Realmente, quem assistiu a todas as eliminatórias e as sete provas que cada skatista fez durante cada bateria pode constatar o nervosismo e a tensão da maioria das concorrentes em contraste com a alegria, sorriso permanente e extrovertido comportamento da nossa fadinha. Que tratava de se divertir e incentivar as concorrentes depois de suas apresentações.
Fiquei a lembrar das dificuldades que os praticantes de skate enfrentam nas cidades para a prática de seu esporte e das incompreensões que sofrem. Está certo que este esporte não pode ser praticado numa via destinada ao pedestre, como por exemplo, o calçadão Salvador Isaia. Nem em vias de intensa movimentação automobilística, por razões de segurança deles mesmos.
Mas as autoridades da cidade, a Prefeitura Municipal, os presidentes de clubes, os responsáveis pelas universidades locais e seus "campi" - sobretudo depois da conquista de nossa fadinha Rayssa Leal - têm de pensar seriamente em instalar e fazer proliferar pistas de skate em nossa cidade para a prática desse esporte olímpico.
Os familiares dos skatistas merecem ser apoiados e incentivados em nossa comunidade. E, porventura, -preconceitos e mentes obscurantistas sobre a prática dessa modalidade esportiva - devem ser banidos. Afinal, estamos com a segunda melhor praticante de skate do mundo no país.
Confesso - manteiga derretida que sou - que chorei, enternecido de amor, pela Rayssa!